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As Mudanças Climáticas em Pernambuco: Desafios e Oportunidades


Fórum Pernambucano de Mudanças Climáticas discute medidas de enfrentamento à crise
08/07/2010 | 17h08  |  SOS Pernambuco 

Cientes da possibilidade de que eventos extremos, como as fortes chuvas caídas em Pernambuco no mês de junho, podem voltar a acontecer, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma) realizou nesta quinta-feira (08) o primeiro workshop do Fórum Pernambucano de Mudanças Climáticas. Com o tema “As Mudanças Climáticas em Pernambuco: Desafios e Oportunidades”, especialistas se reuniram para apontar a melhor forma de enfrentar tais mudanças.

“Há uma perspectiva desses eventos extremos acontecerem novamente não só em Pernambuco, mas em outros estados, então temos que nos preparar já que não sabemos se vão acontecer daqui a um ano ou daqui a 10 anos”, afirmou o secretário executivo de Meio Ambiente da Sectma, Hélvio Polito. Ele também ressaltou a importância do fórum como local de debate, com base científica, para que não haja “nem superestimação nem sem subestimação de mudanças no clima”.

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Paulo Nobre começou sua palestra afirmando que o aquecimento é algo inequívoco e apresentou dados que apontam o primeiro quadrimestre do ano (de janeiro a abril) como o mais quente da história. “No gráfico que mostra ocorrências de chuvas com precipitações acima de 100 milímetros em 24h na Zona da Mata e Litoral de Pernambuco, vemos que não há registros na década de 50, já nos últimos 10 anos aconteceram várias vezes”, explicou Nobre.

Medidas
A Lei nº/14.090/2010, que institui a Política Estadual de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, sancionada pelo Governo Estadual, no dia 17 de junho, se realmente for posta em prática, faz de Pernambuco uma referência no Brasil. “Pernambuco está fazendo história ao estabelecer esta legislação. Está a frente dos outros estados que ainda não criaram uma lei semelhante”, opina o pesquisador do Inpe, Paulo Nobre.

Entre as ações discutidas para serem implementadas estão:
- Mapeamento da condição atual (aumento da temperatura e nível do mar; gravidade de alagamentos e enchentes; dificuldades de esgotamento sanitário e erosão costeira);

-Estabelecimento de um plano diretor costeiro para que se possa utilizar os recursos da melhor forma possível;

-Disponibilizar a série histórica de dados meteorológicos os tornando propriedade do estado e não das empresas que os fornecem;

-Estabelecimento do diagnóstico da situação do clima e dos oceanos;

-Criação do Instituto Pernambucano de Pesquisa Climática e dos Oceanos; 

-Compra de um navio oceanográfico para realização de pesquisas de primeiro mundo;

-Organização de questões urbanas (lixo, áreas de risco, emissão de gases, etc);

-Enfrentamento de áreas de desertificação.


Por Ana Luiza Machado da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR


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