16º Prêmio Nacional Assis Chateaubriand de Redação
Prêmio – no valor total de R$ 35 mil – irá selecionar as melhores redações feitas por estudantes
2 de julho de 2010 - 15:25 - Por
Foto: SXC
A Fundação Assis Chateaubriand recebe, até 31 de agosto, textos de estudantes brasileiros matriculados do Ensino Fundamental ao Ensino Universitário. Eles irão concorrer no 16º Prêmio Nacional Assis Chateaubriand de Redação / Projeto Memória, realizado em parceria com a Fundação Banco do Brasil
O 16º Prêmio Nacional Assis Chateaubriand de Redação / Projeto Memória está com inscrições abertas até o dia 31 de agosto. Em parceria com a Fundação Banco do Brasil, o prêmio – no valor total de R$ 35 mil (em dinheiro) – irá selecionar as melhores redações feitas por estudantes do ensino público e privado do País. O tema do concurso é Carlos Drummond de Andrade – Testemunho da Experiência Humana, e os concorrentes poderão apresentar, no máximo, três trabalhos em forma de conto, crônica, e/ou ensaio.
Os textos deverão ser escritos sobre a vida e a obra de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), o conhecido poeta, contista e cronista brasileiro. Assim, o tema da redação poderá ser desenvolvido tanto sobre o autor homenageado, quanto sobre um texto, ou vários textos, do escritor. De acordo com o regulamento do prêmio, “os trabalhos deverão ser inéditos, originais e criativos e deverão ser realizados individualmente”. O documento ainda alerta que não serão aceitos trabalhos em forma de poesia.
O prêmio conta com quatro categorias diferentes: Ensino Fundamental (1ª a 4ª série ou 1º ao 5º ano), Ensino Fundamental (5ª a 8ª série ou 6º ao 9º ano), Ensino Médio e Ensino Universitário. A primeira categoria do Ensino Fundamental será premiada com R$ 2 mil (1º lugar), R$ 1 mil (2º lugar), e R$ 500 (3ºlugar). Já os melhores colocados na categoria Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série irão receber R$ 4 mil (1º lugar), R$ 2 mil (2º lugar), e R$ 1 mil (3º lugar). O primeiro, segundo e terceiro colocados do Ensino Médio irão receber, respectivamente, R$ 6 mil, R$ 3 mil, e R$ 1,5 mil. Os selecionados da categoria Ensino Universitário serão premiados com R$ 8 mil (1º lugar), R$ 4 mil, e R$ 2 mil. Poderão concorrer todos os estudantes brasileiros regularmente matriculados, incluindo alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), e a entrega dos prêmios está prevista para acontecer até novembro de 2010.
Os vencedores serão escolhidos por quatro comissões julgadoras, uma para cada categoria, formada por personalidades ligadas à educação, à cultura e à comunicação. Os professores dos três primeiros lugares também receberão um notebook, e todos os outros professores dos vencedores receberão, além de um diploma, assinatura de jornal ou revista oferecida pela Fundação Assis Chateaubriand (FAC).
Projeto Memória
O Prêmio foi instituído pela Fundação Assis Chateaubriand, visando estimular os trabalhos de Redação nas escolas brasileiras, além de promover o exame de assuntos de interesse nacional. Desde 1997, o prêmio é realizado em parceria com o Projeto Memória da Fundação Banco do Brasil. Geralmente, o homenageado dos dois projetos é escolhido pelo Conselho Curador da Fundação Banco do Brasil, que também realiza uma pesquisa histórica sobre a pessoa escolhida.
A 13ª edição do Projeto Memória da Fundação Banco do Brasil, que também tem como homenageado Carlos Drummond de Andrade, está prevista para ser lançada no final de 2010. Segundo a coordenadora do Projeto Memória da FBB, Juliana Mary Motta Ganimi, o projeto se preocupou em revelar a faceta menos conhecida de Drummond. “O poeta Carlos Drummond de Andrade já é bastante conhecido, e existem muitos trabalhos feitos sobre ele. Por isso, procuramos abordar o cronista, o artista que também se fez presente nos jornais de sua época. Dessa forma, damos uma contribuição mais efetiva no resgate da memória desse homenageado”, afirma.
O tema do Projeto Memória da FBB é o mesmo do prêmio de redação: Carlos Drummond de Andrade – Testemunho da Experiência Humana. Para realizar uma pesquisa com enfoque nesse tema, a Fundação Banco do Brasil contou com apoio da Casa Rui Barbosa.
O Projeto Memória é formado por uma exposição itinerante que percorre cerca de 800 municípios; um livro fotobiográfico e um videodocumentário, distribuídos em mais de cinco mil bibliotecas públicas cadastradas no Ministério da Cultura; e um conjunto pedagógico, composto de um almanaque histórico e de um guia do professor, dirigido a aproximadamente 18 mil escolas públicas, em todos os Estados brasileiros. O Memória conta ainda com um site sobre o homenageado, que pode ser consultado no portal .
Em edições passadas, já foram homenageados: Marechal Rondon, Castro Alves, Monteiro Lobato, Rui Barbosa, Pedro Álvares Cabral, Juscelino Kubitschek, Oswaldo Cruz, Josué de Castro, Paulo Freire, e Nísia Floresta. A FBB também já elaborou uma retrospectiva dos escolhidos.
Carlos Drummond de Andrade
O homenageado nasceu em Itabira do Mato Dentro (MG), e morreu no Rio de Janeiro. Em 1924, Drummond conhece Manuel de Barros, Oswald de Andrade, Blaise Cendrars, e Mário de Andrade; e, no ano seguinte, já se torna um dos líderes do movimento modernista em Minas Gerais. Em 1928, publica o poema “No Meio do Caminho” na Revista de Antropofagia, um marco dentro do movimento. Em 1934, Drummond se torna chefe de gabinete do então Ministro da Educação e, de 1945 a 1962, trabalha no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), que ajudou a fundar.
O homenageado nasceu em Itabira do Mato Dentro (MG), e morreu no Rio de Janeiro. Em 1924, Drummond conhece Manuel de Barros, Oswald de Andrade, Blaise Cendrars, e Mário de Andrade; e, no ano seguinte, já se torna um dos líderes do movimento modernista em Minas Gerais. Em 1928, publica o poema “No Meio do Caminho” na Revista de Antropofagia, um marco dentro do movimento. Em 1934, Drummond se torna chefe de gabinete do então Ministro da Educação e, de 1945 a 1962, trabalha no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), que ajudou a fundar.
Após a II Guerra Mundial, Drummond aproxima-se dos grupos intelectuais de esquerda, sensíveis à poesia engajada de A Rosa do Povo (1945). Já em 1951, publica o livro Claro Enigma, onde se distancia da temática política e começa a utilizar estruturas clássicas como o soneto. A partir de 1968, lança livros que trazem como temática sua memória; e em 1975, publica Amor, Amores, que inicia uma fase amorosa. Em toda sua vida de escritor, por mais de sessenta anos, contribuiu de maneira assídua com a produção de crônicas de alta qualidade literária para diversos jornais, como o Correio da Manhã e o Jornal do Brasil. A obra de Drummond abrange cerca de 75 livros, incluindo poesia, antologias poéticas, infantis, edições de poesia reunidas, prosa/crônicas, conjunto de obra, e antologias diversas.
Informações da Fundação Banco do Brasil.
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