RMF CONCENTRA
Interior não predomina no mapa do emprego
O Interior do Ceará registra os maiores saldos de geração de emprego formal em Sobral, em primeiro lugar, seguido por Maracanaú, Eusébio, Horizonte, Juazeiro do Norte, Maranguape, Aquiraz, São Gonçalo do Amarante, Iguatu, Caucaia e Russas. Este é o resultado acumulado nos últimos 12 meses encerrados em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O diretor de Estudos e Pesquisas do IDT (Instituto de Desenvolvimento do Trabalho), Junior Macambira, destaca que a criação de postos de trabalho formais ainda se concentra na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que é o caso, de acordo com a análise do período de um ano, de Maracanaú, Eusébio, Horizonte, Maranguape, Aquiraz, São Gonçalo do Amarante e Caucaia.
Em igual intervalo, os municípios cearenses com os maiores saldos negativos são Limoeiro do Norte (-288), Pacatuba (-166), Itapajé (-130) e Acaraú (-126). Em Limoeiro do Norte, a agropecuária puxou o resultado com saldo negativo de 759 vagas no mercado de trabalho. Pacatuba e Itapajé sentiram os efeitos da indústria e registraram perdas de 226 e 174 postos de trabalho, respectivamente. Em Acaraú, foi a construção civil que deixou de gerar 67 novos empregos formais.
Sobral se destaca
A 233 quilômetros de Fortaleza, na região Norte, Sobral, líder no Interior do Estado na geração de emprego, registrou 6.940 novas vagas em abril, no acumulado de 12 meses. O saldo é a diferença entre 16.112 admissões e 9.172 desligamentos.
O principal setor por este desempenho é a indústria de transformação, que gerou 5.255 novas vagas no período. Macambira ressalta a participação da Grendene na cidade. "É uma empresa que apesar da sazonalidade faz diferença no município pelo quantitativo de empregados", avalia.
De janeiro a abril deste ano, Sobral, no entanto, anota saldo negativo na geração de emprego, com perdas de 21 vagas. O resultado é puxado pela indústria (-773). Por outro lado, a construção civil, comércio e serviço registraram saldos positivos, 217, 216 e 323, respectivamente, no quadrimestre.
RMF
De acordo com Macambira, do IDT, a Região Metropolitana concentra a criação de emprego formal, respondendo por 70% das vagas geradas no Estado.
"No quadrimestre, a maior eliminação de postos está no interior", compara. Ele diz que isso acontece pela "forte presença de um mercado regulado, fiscalizado" nas cidades da RMF. "Sem fiscalização, os empregos no interior estão na informalidade", analisa o diretor do IDT. "Isso ocorre em outros estados também".
Entraves
Além disso, ele aponta como entraves a elevada carga tributária, que inibe os micros e pequenos empresários de reunirem condições para formalizar os funcionários e barra a competitividade. A burocracia, a ausência de crédito e a rotatividade da mão-de-obra são outros problemas. "Algumas médias empresas assinam a carteira de um pequeno grupo em detrimento de um grupo maior". Na RMF, com exceção de Fortaleza, Maracanaú lidera a criação de empregos formais nos últimos 12 meses. Foram 4.451 novas vagas, com influência da indústria (2.508), construção civil (370), comércio (751) e serviços (792). Em 2º lugar, aparece Eusébio (3.042) com contribuições da indústria de transformação (1.072) e serviços (1.107). Em terceiro, Horizonte (3.034), com impacto positivo da indústria (2.739). Segundo Macambira, o governo investe em "projetos de médio prazo em áreas estratégicas" a fim de desenvolver o mercado de trabalho.
CAROL DE CASTRO
REPÓRTER
Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios - http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=790328
CEARÁ É O SEGUNDO (18/5/2010)
RMF cria mais vagas no NE
Mercado de trabalho registrou 6.973 novas vagas na RMF, o maior resultado da série histórica para um mês de abril
A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) registrou o maior saldo de empregos gerados em abril no Nordeste. Foram 6.973 novas vagas na RMF, um crescimento de 18,75% em relação a março (5.872). O resultado impulsiona o desempenho do Ceará. O mercado de trabalho formal no Estado continua a registrar recordes na geração de emprego, nas comparações em relação a igual período dos anos anteriores. Em abril, foram criadas 7.571 novas vagas, que resultaram da diferença entre 36.867 admissões e 29.296 desligamentos. O saldo do mês representa crescimentos de 134,40% frente igual mês do ano passado e de 17,38% ante março. É o segundo maior saldo da região Nordeste, atrás da Bahia (10.590). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Acerca dos números, o governador Cid Gomes exaltou o trabalho do governo. "O crescimento da geração de empregos é decorrência de uma série de investimentos que o Estado tem feito para a atração, crescimento e nascimento de novas empresas e indústrias no Ceará", disse. "Ainda temos muito a avançar, mas os dados demonstram que estamos no caminho certo", celebra, com parcimônia.
Segundo o presidente do Sine/IDT (Sistema Nacional de Empregos/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho), Francisco de Assis Diniz, a RMF supera os dados da região metropolitana de Salvador (2.981), apesar da comparação entre os dois estados apresentar o oposto, por conta da concentração de empregos. "No Ceará, a maior geração de emprego é na RMF, enquanto na Bahia, é no Interior". Na análise do resultado do Ceará, Diniz ressalta a "consagração de uma política construída no País e no Estado". "A expansão do emprego acompanha o desenvolvimento econômico com qualidade de vida e ampliação do consumo", analisa. "É um ciclo que se completa por oferta e demanda, e não segue uma lógica inflacionária. O emprego é gerado no mesmo nível da produção".
Tendência de crescimento
De acordo com ele, a capacidade produtiva tende a se ampliar mais. "A perspectiva é de manutenção do crescimento". Diniz afirma isso diante dos desempenhos dos setores. A indústria gerou 1.504 novos postos. "A tendência é que haja aumento de emprego na indústria em junho e julho, como ocorre tradicionalmente, para abastecer o mercado nos meses do B-R-O Bro", projeta.
Ele destaca que a agropecuária poderia ter gerado mais vagas, se não fosse a seca verde. O setor alcançou um saldo de 202 novos empregos. O segmento de serviços foi o que criou mais vagas em abril: 3.653. No quadrimestre, o Ceará marca outro recorde no mercado de trabalho. São 17.467 novas vagas, o segundo melhor do Nordeste, de novo atrás da Bahia, e o melhor da série histórica do Caged para o período.
No acumulado dos 12 últimos meses, encerrados em abril, soma-se 84.635, o melhor desempenho da série histórica do Caged para o período e o segundo maior da região. O aumento é de 9,94%. Esse resultado é o terceiro melhor do Brasil, em termos relativos, ficando atrás apenas de Rondônia (16,73%) e Piauí (10,56%).
De janeiro a abril, o setor que mais criou vagas foi a construção civil, com 8.138, seguido pelo de serviços, com 7.049; indústria de transformação, com 4.871; comércio, com 1.724; e atividade extrativa mineral, com 19 novos empregos.
Nos 12 meses, o maior gerador de vagas é a indústria de transformação, com um saldo 25.677 vagas. Em segundo lugar, vem o setor de serviços, com 22.606 postos de trabalho, seguido pela construção civil, 19.055, comércio (16.311) e administração pública (573).
REPÓRTER
Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios - http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=786875
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